Na atual Era do Conhecimento e da
Informação do qual estamos vivendo, as palavras de ordem envolvem “mudanças constantes”, onde esta é uma
das nossas certezas. Em outras palavras,
a identificação e a atitude frente à necessidade reconhecida de mudarmos ou
buscarmos determinadas habilidades ou competência são fundamentais.
Uma dessas habilidades e
competências envolve promover mudanças
internas significativas, como por exemplo, às relacionadas aos seus paradigmas e crenças.
Por trás dos comportamentos e hábitos
estão suas crenças e paradigmas. Assim sendo, você pode estar repetindo comportamentos improdutivos e nem perceber o
quanto isso está impactando seus resultados, seja no campo pessoal ou
profissional. A questão que surge então é: como aumentar a consciência dessa necessidade de mudar os seus
paradigmas?
Daniel Goleman, por meio das práticas
de desenvolvimento da inteligência emocional (IE), lança luz à questão. De forma
complementar, o Coaching também possui técnicas
e metodologias de mudanças comportamentais extremamente úteis, das quais
envolvem 7 passos:
1 Identificação: definição de quais (ou qual)
competências são necessárias para atingir determinado objetivo ou meta ou quais
comportamentos estão te prejudicando de alguma forma.
2 Entendimento: aqui envolve o grau de motivação
para desenvolver e praticar a competência desejada em detrimento do
comportamento indesejado. Uma das perguntas que podem ser feitas é: “o quanto
essa competência é importante para mim e qual é o meu nível de motivação para
persegui-la?”
3 Assessment: envolve uma autoanálise, podendo
ser informal ou formal. Este último é um conjunto de perguntas estruturadas por
um profissional (ex: coaching) que permite saber o “grau que você tem,
atualmente, de determinada competência”. Em outras palavras, “mede a distância
entre a sua competência atual e a desejada”. Há livros e palestras que promovem
esse tipo de abordagem.
4 Aquisição: nesta etapa espera-se que já tenha
definido “o que”, o “quanto” e “por que” precisa desenvolver determinada
competência, logo, aqui será definido “o como você vai desenvolver”.
5 Experimentação: é praticar, exercitar, demonstrar
por meio de comportamentos a nova competência adquirida.
6 Prática: é o exercício consciente de modo a
aperfeiçoar os comportamos corretos e melhorar os outros continuamente, se
aperfeiçoando constantemente na competência, bem como incorporando outros
comportamentos fruto de crenças fortalecedoras.
7 Aplicação: depois dá prática consciente e
intensa, é necessário identificar e aproveitar as oportunidades para aplicar as
competências desenvolvidas, extraindo dessa forma, certa vantagem pessoal e ou
profissional.
A parábola a seguir, que é um
reflexo de um experimento, reflete bem o nosso comportamento de “repetir padrões ou crenças” que
impactam de forma negativa nos nossos resultados e nem nos damos conta:
Em um zoológico
bem cuidado de uma pequena cidade havia animais comuns: raposas, saguis,
tamanduás, hienas, guarás, araras, tamanduás, tucanos, pavões, curiós…Um lugar
calmo e perfeito para a vida daqueles animais.
Bem no centro
daquele paraíso havia uma jaula onde "moravam" cinco macacos. Ali
eles podiam ter uma ampla visão do jardim e dos demais animais. A comida e a
água eram suficientes e até tinham um cantinho macio onde podiam descansar.
Sobrava espaço para as muitas brincadeiras. Enfim, um paraíso na Terra! Eles
estavam sempre alegres, bem-dispostos, com ótimo humor.
Entretanto, bem
no meio da jaula, pesquisadores colocaram uma escada e, em cima dela, um cacho
de bananas. Para os macacos, aquela visão era bem atraente: frutas maduras,
cheirosas e sedutoras. A todo instante paravam as brincadeiras para olhar para
cima. Aquilo, sim, era uma tentação! Então eles salivavam subir pela escada
para tirar uma única banana…Ah! Que tentação…Mas só pensavam…Logo, logo
voltavam à rotina de brincadeiras.
Todas as vezes
que um deles, furtivamente, começava a subir a escada, os observadores, do lado
de fora, lançava jatos de água fria, propositadamente sobre os outros macacos.
Então, o "traidor" era censurado pelo grupo, que gritava para ele não
mais repetir aquilo. Afinal, qualquer um que ousasse subir decretava a punição
dos demais: jatos de água eram jogados sobre os que estavam embaixo. Por isso,
ninguém naquela jaula se arriscava a pegar uma única banana. Com o tempo,
nenhum deles subia mais a escada, embora a tentação pelas bananas fosse muito
grande. Aquele que fosse apanhado na tentativa terminava apanhando dos outros.
Depois de algum
tempo, um dos macacos foi substituído por um novato. Assim que ele chegou,
lançou-se escada acima. Resultado: levou um monte de cascudos dos demais e
nunca mais tentou subir.
Passando algum
tempo, substituíram outro veterano por outro novato, que também tentou subir a
escada e apanhou dos demais, inclusive do que havia chegado um pouco antes
dele.
Acabaram
substituindo cinco veteranos por cinco novatos, e nenhum deles subia a escada.
Depois de muita especulação, muito sutilmente, um dos novatos perguntou:
– Ei, amigos,
por que não podemos subir pela escada e pegar as bananas?
Todos olharam
surpresos para ele e responderam quase em uníssono:
– Nós não sabemos, mas aqui sempre foi assim:
se subir, apanha!
Referências
MATTA, Villela da; VICTORIA, Flora.
Personal & Professional Coaching: livro de metodologia. São Paulo:
SBCoaching Editora, 2014.
Mundo
interpessoal
<www.mundointerpessoal.com/2013/08/fabula-motivacional-os-macaquinhos-na-jaula.html>
Acesso em: 17 de jan. 2016
Experimento
5 macacos <https://www.youtube.com/watch?v=ZAQtwFpkksw> Acesso em: 17 de
jan. 2016
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