quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Desenvolvendo a autoestima: coaching e inteligência emocional

Nossos pensamentos e crenças influenciam nossos sentimentos, comportamentos e hábitos, como reflexos, nossos resultados. Para o coaching e para o Ph.D Paulo Vieira, “as crenças que você tem sobre si mesmo vão determinar desde o seu valor próprio até a sua autoimagem e todos os seus resultados e comportamentos” (Vieira, 2015). Sobre essa perspectiva que se torna necessário desenvolver o “SER” (quem se deseja ser) para depois o indivíduo “FAZER” e “TER”. Então o que acha de SER um indivíduo com uma autoimagem positiva e autoestima elevada para FAZER o que realmente deseja e desenvolver seus reais talentos, e como conseqüência, TER muito mais do que você tem hoje, ter mais paz, ter mais harmonia, ter mais saúde, ter melhores relacionamentos, ter mais dinheiro, ter mais tempo com a família...?
Seus resultados, que chamaremos de merecimento, é proporcional à qualidade de suas decisões e atitudes, entretanto, se a sua autoestima está baixa e você não tem uma crença positiva e fortalecedora da sua identidade pessoal, qual o ímpeto e energia dedicará ao fazer? Muito pouco, provavelmente!
Ainda para Paulo Viera, a autoestima envolve uma combinação de 3 crenças: “crença de identidade, que se refere ao ser (eu sou); a crença de capacidade, que se refere ao fazer (eu posso ou eu sou capaz); e finalmente a crença de merecimento, que se refere ao merecer (eu mereço)”(Vieira, 2015). Esses aspectos, para ele, vão determinar o quanto à pessoa se valoriza, sua autoimagem, o quanto acredita que pode aprender a fazer ou fazer algo, ainda, o quanto acredita que merece ser recompensada, elogiada ou merecer aquela vitória. 
Posso perceber, juntos aos meus atendimentos como coach, o quanto essa relação entre identidade, capacidade e merecimento faz toda diferença para o progresso dos  meus clientes (coachee), daí meu interesse pelo tema. Deparo com pessoas extremamente talentosas, mas que, no âmago dos seus pensamentos não “possuem crenças fortalecedoras a seu próprio respeito, não acreditam que podem ou que merecem algo melhor”. Há casos ainda mais críticos do quais é constituído uma equipe multidisciplinar envolvendo o coach e um psicólogo, por exemplo.
Outros especialistas em comportamento e coaches como Villela da Matta, Flora Victoria e Brian Tracy acrescentam e defendem o “autoconceito como o programa mestre da performance”, que ao meu ver é análogo aos princípios da inteligência emocional.
Autoconceito, para eles, é o conjunto de crenças, paradigmas e modelos mentais que você tem sobre si que refletem na sua percepção de mundo. “Ao longo dos anos, você absorveu uma complexa série de idéias, dúvidas, medos, opiniões, atitudes, valores, expectativas, esperanças, fobias, mitos e outras impressões entrelaçadas, incorporando-os na mente e os aceitando-os como verdadeiros. Essas são as instruções operacionais de seu computador subconsciente, as quais controlam tudo o que você diz, faz, pensa e sente. Na ausência de qualquer alteração deliberada de sua parte, você continuará a fazer, pensar, dizer e sentir quase as mesmas coisas indefinidamente”.  
O autoconceito é dividido em 3 aspectos:
Eu ideal: parte do seu eu ideal são seus objetivos e quem você gostaria de ser, determinando assim, em grande medida, o rumo que vai tomar na sua vida. “Qual é o seu ideal da melhor pessoa que poderia se tornar? Como você se comportaria diariamente se fosse essa pessoa? Fazer a si mesmo essas perguntas e então viver a vida de acordo com as respostas é o primeiro passo para compor sua imagem ideal,” ressaltam os estudiosos citados.
Autoimagem: é o que você pensa, sente e vê sobre si mesmo, como um “espelho interno”.  O que você pensa ao seu respeito gera comportamentos coerentes fazendo com que você se comporte de tal forma. Se você pensa que não é capaz é exatamente assim que agirá e se comportará. Assim sendo, se enxergue de forma diferente e terá comportamentos e atitudes diferentes, logo, seus resultados também serão diferentes.
Autoestima: pode ser definida como o quanto você gosta, aceita e respeita a si mesmo como uma pessoa de valor e digna. É ela que determina o seu grau de motivação, entusiasmo e energia direcionada à determinada ação. Quanto mais envolvido e concentrado com atividades diárias que te levem à “pessoa que gostaria de ser (eu ideal), maior será a sua autoestima.
Em outras palavras, “seu eu ideal é a pessoa que você mais quer ser, em algum momento no futuro. Ele determina a direção de sua vida, de seu crescimento e de sua evolução. Sua autoimagem, por outro lado, determina seu desempenho no presente, caracterizando a forma como se vê agora, hoje, neste momento. Sua autoestima é em grande parte determinada pelo relacionamento entre sua autoimagem e seu eu ideal, ou qual é seu desempenho nas atividades diárias em comparação com o desempenho se você fosse a melhor pessoa que poderia ser”. (Villela, Victoria, Tracy, 2014).
   Para melhorar a autoimagem e a motivação, o psicólogo e Ph.D Hendrie Weisinger (1997)  e o Ph.D Paulo Vieira sugerem algumas práticas. São elas:


ü  Pense positivamente (crenças e valores);
ü  Não tenha medo de errar  e não tenha medo do "não";
ü  Defina sua missão e propósito de vida;
ü  Alimente constantemente o cérebro com informações positivas e inspiradoras;
ü   Use afirmações motivadoras;
ü  Construa relacionamentos com pessoas positivas e maduras emocionalmente;
ü  Construa diálogos internos (com você mesmo) positivos;
ü  Desenvolva hábitos positivos por meio de treinamentos;
ü  Use imagens mentais positivas;
ü  Proponha-se metas importantes;
ü  Divida as atividades em pequenas tarefas e comemore cada vitória;
ü  Saia da situação de vítima e aja;
ü  Peça ajuda se for preciso.


 Agora reflita, qual a imagem você tem de você mesmo? Esses pensamentos têm te ajudado ou te impedido de buscar seus sonhos?

Referências
 BUTLER-BOWDON, Tom. 50 grandes mestres da psicologia. Trad: OK Linguistica. São Paulo: Universo do Livro, 2012.
VIEIRA, Paulo. O poder da ação: faça sua vida ideal sair do papel. 7 Ed. São Paulo: Editora Gente, 2015.
O`CONNOR, Joseph; SEYMOUR, John. Introdução à programação neurolinguística: como entender e influenciar pessoas. Trad: Heloísa Martins-Costa. Ed. 5. São Paulo: Summus, 1995.
MATTA, Villela da; VICTORIA, Flora. Personal & Professional Coaching: livro de metodologia. São Paulo: SBCoaching Editora, 2014.
MATTA, Villela da; VICTORIA, Flora. TRACY, Brian. Estratégias avançadas de vendas. São Paulo: SBCoaching Editora, 2014.


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